Vôlei: Isabel Salgado morre aos 62 anos

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Tudo que você precisa saber sobre a lenda do vôlei brasileiro, Isabel Salgado, que morreu aos 62 anos – aqui na Turista FC.

Isabel Salgado, lenda do vôlei

Nesta quarta-feira (16), uma das maiores lendas do vôlei brasileiro nos deixou. Maria Isabel Salgado, também conhecida como Isabel do Vôlei, morreu no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Nesse sentido, a ex-jogadora, que tinha 62 anos, morreu de pneumonia, provocada por infecção bacteriana, porém o hospital ainda não confirmou a causa. A saber, Isabel será velada e cremada nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, onde morava.

Carreira

A princípio, Isabel disputou duas Olimpíadas (Moscou 1980 e Los Angeles 1984) no vôlei de quadra e depois, no início dos anos 1990, migrou para o vôlei de praia – uma das pioneiras mundiais na modalidade. Além disso, Isabel fez parte da seleção feminina de vôlei que abriu as portas para a modalidade, nos anos 1980, ao lado de Vera Mossa e Jaqueline. Apesar de não vencer medalhas nas Olimpíadas que participou, a equipe foi a primeira da história do país a disputar grandes competições. Nesse sentido, foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos em 1979. Além disso, foi a primeira jogadora de vôlei a atuar numa liga estrangeira, na Itália, em 1980, no Modena.

Porém, em 1990, com a popularização do vôlei de praia, a ex-jogadora migrou de modalidade. A saber, jogou diversas etapas do Circuito Mundial e brasileiro entre 1993 e 2001. Desse modo, em 1994, venceu o ouro na etapa de Miami, nos EUA, com suas parceiras Roseli, Jerusa, Tatiana Minello e Jaqueline.

Uma das cenas mais icônicas da carreira de Isabel veio em 1982, em um torneio amistoso da Seleção Brasileira no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. A saber, o jogo era contra o Japão, com mais de 20 mil pessoas na arquibancada. Na ocasião, o Japão vencia o jogo e o público brasileiro estava sendo hostil com as jogadoras adversárias. Isabel, com 22 anos anos, pegou o microfone e fez um discurso forte, pedindo respeito e dizendo que se os torcedores não parassem de xingar as asiáticas, não teria mais jogo. O Brasil perdeu o jogo, mas o público, a partir disso, se comportou.

Obrigado, Isabel, por tudo que fez pelo vôlei feminino no país. Seu legado jamais será esquecido!

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